E.T e Os Goonies.

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Não se espante se quando for aos cinemas, você se sentir meio nostálgico, relembrar os grandes filmes que marcaram a carreira de Spielberg e se entreter com músicas antigas, personagens se comunicando por walk talkie e ouvindo walk man, além, claro, de muitos sparklers soltando fogos para todos os lados. Os anos 80 estão de volta em Super 8, e se você nasceu nessa época, esteja preparado para viver...
uma emocionante aventura no melhor estilo E.T e Os Goonies.

No verão de 1979, um grupo de amigos de Lillian, uma pequena cidade em Ohio, nos Estados Unidos, acaba se reunindo com o intuito de rodar um filme sobre zumbis para concorrer no Festival Internacional de Filmes Super 8 de Cleveland. Charlie é quem comanda a turma e os convence a fazer tudo o que ele quer. Com a ajuda de Alice Dainard, que apesar de não ter habilitação sabe muito bem dirigir o carro do pai, os garotos conseguem filmar uma importante cena que se passa à beira de uma velha ferrovia. Porém, quando a tomada está prestes a terminar, um trem descarrila sobre os trilhos e acaba provocando um acidente com uma caminhonete que parecia estar tentando impedir seu percurso. A partir daí, se inicia uma trama de suspense e mistério onde eventos inexplicáveis e assustadores irão causar uma grande mudança na vida dessas crianças.
Escrito e dirigido por J.J Abrams (o criador de Lost) e produzido por Steven Spielberg (E.T e Jurrasic Park), Super 8 traz em seu elenco nomes como Kyle Chandler (protagonista do famoso seriado Early Edition, de 1996), Elle Fanning (Somewhere, de Sofia Coppola), Ron Eldard, Noah Emmerich, Joel Courtney, Riley Griffiths, Ryan Lee, Zach Mills e Gabriel Basso, no qual cada personagem vai ganhando sua importância ao longo do percurso e lhe conquistará aos poucos, sendo explorados de várias formas.
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Vale destacar a atuação do estreante Joel Courtney, que com seu ar ingênuo vai dando ao protagonista Joe Lamb o tom de amadurecimento necessário para que no final do filme vejamos uma pessoa totalmente diferente, e que teve, de forma brusca, ser levado a abandonar o peculiar ar de solitário adquirido após perder sua mãe no início do filme, e despertar o herói que deve salvar o dia.
Elle Fanning, a irmã de Dakota Fanning, também acaba se destacando na trama dando existência a Alice Dainard, uma menina de ar dissimulado e triste, que não tem medo de arriscar o próprio pescoço apenas para ficar longe do ar explosivo de seu pai alcoólatra.
Os demais personagens também chamam a atenção em determinados momentos do filme como na cena em que Charles (Riley Griffiths) confessa a Joe seu interesse amoroso por Alice e diz que ainda não emagreceu, mas que seu médico disse que ele irá. É realmente tocante e contrasta com situações como a de que Charles convence a irmã a sair com o balconista da loja de revelação de filmes apenas para conseguir fazê-lo dirigir até a escola dos garotos, onde a trama se desenrola e adianta um desfecho iminente. Nessa sequência, temos momentos divertidos como o que Joe acaba tomando o controle e tendo que pegar no volante enquanto o motorista está drogado e impossibilitado de ajudá-los.
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Mais tarde, Cary (Ryan Lee) também se torna um elemento importante na trama e deixa de ser apenas o menino que vive explodindo coisas, como Jack classifica para o filho no início do filme ao som de “Easy”.
Jack (Kyle Chandler) é um viúvo que acaba de perder a esposa num acidente ocorrido na fábrica onde a mulher trabalhava ao lado de Louis Dainard (Ron Eldard). Desde então, suas famílias entraram em conflito e se mantém afastadas, impedindo que Joe e Alice se encontrem. Apto a ter o controle sobre as coisas, Jack acaba mostrando sua impaciência com os militares quando golpeia um soldado e se faz passar por ele.
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Porém, o deleite vivido anteriormente durante os primeiros atos, acaba perdendo espaço para a carga emotiva e assumindo o controle para um desenlace onde a redenção ganha importância e somos levados a compreender que nada nos pertence totalmente. Temos que nos sentirmos livres para deixar as outras pessoas serem livres. E muitos sequer sobrevivem ao próprio domínio pra que isso ocorra.  “É preciso viver, mesmo que coisas ruins aconteçam em nossas vidas.” – ensina Joe em determinado momento do longa.
Super 8 foi feito para aqueles que buscam não apenas um filme cheio de aventura e efeitos visuais competentes, mas uma trama simples e que vai se encaixando perfeitamente no decorrer do longa, nos brindando com nostálgicas referências ao bom cinema de Spielberg, agora tomando forma nas mãos de Abrams, que realiza de forma agradável uma homenagem ao seu mestre inspirador.

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