CRÍTICA | Premonição 5

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Se você achava que a franquia ‘Premonição’ (Final Destination) tinha chegado ao seu destino final em 2009 com a quarta e anunciada como a última continuação da série cinematográfica, você cometeu um engano mortal. Mais de dez anos se passaram desde a estreia do primeiro filme, e obviamente, isso não poderia deixar de ser celebrado, ou melhor, de render mais uns bons trocados.
Ainda que a terceira e a quarta continuações de ‘Premonição’ tenham sido totalmente descartáveis, apelando para as mortes gratuitas e não dando a
mínima para o elenco principal, tirando o caráter estrutural de suas personagens e os colocando como meros seres que vão vendo uns aos outros morrerem sem dó e chegando a arrancar risadas dos espectadores por conta disso; tenha calma, esse não será um filme bobo e que deve passar batido.
‘Final Destination 5’ voltou a ser filmado em Vancouver, no Canadá, onde os três primeiros filmes foram gravados. As filmagens duraram de setembro a dezembro de 2010 e as câmeras usadas na produção do filme foram as de tecnologia 3D mais recentes, o que contribui, e muito, para que as mortes sejam ainda mais reais.
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Na trama, o jovem Sam Lawton (Nicholas D’Agosto) salva um grupo de trabalhadores de um terrível acidente em uma ponte pênsil depois de ter uma terrível premonição. Após se livrarem do q    eu parecia ser um destino iminente, o grupo tenta descobrir uma maneira de escapar da agenda macabra da Morte e acaba tendo que lidar com um destino macabro reservado em suas vidas.
Deixando de lado o excessivo, e optando pelo essencial, que é a estruturação da narrativa de uma forma agradável (ainda que esse seja um filme de terror), o público consegue se envolver com a história mesmo a associando aos longas anteriores, sendo que o arco principal não mudou. Novamente Tony Todd, que esteve presente em alguns dos filmes anteriores, reassume o papel do misterioso agente funerário Sr. Bludworth e tenta avisar aos novatos que a morte não gosta de ser enganada e muito menos pode ser evitada facilmente. Logo no início do filme já se avista os dizeres “Watch your step” (Cuidado com o passo), que alertam os passageiros, mas que apenas Sam consegue enxergar.
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Mesmo podendo ser considerada a premonição mais longa de seus antecessores, e também a mais complexa em relação às mortes, ainda assim, existem certos questionamentos que não serão evitados ao final do filme. Afinal, pra que inserir policiais na trama e torná-la clichê sendo que poderia ser mais explorado o peculiar instinto de suas personagens principais. E por que apelar para uma cena tão desnecessária como a da fábrica, em que um dos personagens morre inesperadamente e de forma patética. Esses importunos também ocorrem com Miles Fisher, no papel do lunático Peter Friedkin, sendo responsável por uma sequência entediante que deveria surpreender mais ao invés de ocupar tanto tempo na tela.
Ainda que se torne previsível, esse é um filme bem estruturado e com uma escolha de elenco bem mais agradável do que a dos filmes anteriores. ‘Final Destination’, finalmente volta ao ar sombrio e cheio de suspense que marcaram o primeiro filme da série e abandona em grande parte o deboche que fazia com que, anteriormente, o mesmo não fosse levado a sério. Essa é a grande chance de se voltar à essência do filme original e limpar a imagem negativa que a franquia já havia quase que absorvido por inteiro. Se era essa a intenção, o filme obteve êxito e fechou um arco iniciado há dez anos com um final épico e extremamente interessante para quem espera entender mais sobre o primeiro filme e conectar todos os fatos de uma vez por todas.

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